Não prometo nada

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2024: um ano que, puta merda, foi longo

2024: um ano que, puta merda, foi longo

Uma retrospectiva coletiva

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Marie Declercq
Dec 31, 2024
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Não prometo nada
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2024: um ano que, puta merda, foi longo
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Abrindo meu coração aqui: detesto listas. Mas não porque considero listas uma forma preguiçosa para a exposição de ideias, mas porque eu sou péssima em criá-las. Meu cérebro é incapaz de sistematizar coisas neste formato e minha memória é uma grande porcaria. Talvez por essa razão eu nunca tenha conseguido mandar muito bem no jornalismo cultural, pois mal consigo lembrar dos livros que li no último mês. E também por sempre voltar do mercado com itens repetidos.

Isso não só me torna uma pessoa prolixa, mas também me dificulta bastante ao pensar em retrospectivas, pois é a junção de dois fracassos pessoais: listas e memória. Por isso, convoquei um monte de gente para fazer esse trabalho por mim e, por fim, parir a última edição de 2024 dessa humilde newsletter.

Pois bem, aproveitei minha lista de contatos para atormentar pessoas como Chico Barney, Cecília Olliveira, Jairme Arrependi, Gabriel Divan, Isabela Thomé, Arnaldo Branco, Renan Guerra, Taize Odelli, Escriba do Umbral, Manu Barem e Aline Ramos para me enviarem o Melhor & Pior de 2024.

Spoiler:

(Nunca trabalhei tanto para fazer uma simples piada)

Marie Declercq, ex-desempregada

  • O melhor: política municipal

Existem aqueles que gostam de acompanhar todos os jogos da série C, tem outros que acompanham RuPaul's Drag Race e há até os destemidos que acompanham novelinhas do Kwai. Meu lance é política municipal. Não me considero uma mulher especialmente politizada, mas gosto muito quando o surreal da realidade brasileira se funde com um setor tão chato como a política, especialmente quando estamos falando de buraco na rua e árvore podada.

O cenário político brasileiro está especialmente desolador, mesmo muita gente achando que o Lula é uma espécie de fiador da normalidade pós-Bolsonaro. Não é, pelo contrário. A melhor forma de entendermos exatamente o buraco em que estamos foram as eleições municipais. Em São Paulo, 2024 entrou para o cânone político por causa da cadeirada do Datena contra Pablo Marçal e o fatídico dia em que os brasileiros entraram em contato com horrores incompreensíveis na forma da testa do tabaco do César Maia.

  • O pior:

Releia o item acima.


Essa é a última edição de 2024. Foi um ano, definitivamente. Um ano que existiu no século XXI. Para fechar com chave de ouro, gostaria de agradecer todos vocês que gastaram um tempinho da vida para ler minhas loucuras e, pior ainda, apoiar meu trabalho aqui.

Também gostaria de agradecer a Filmicca pela parceria maravilhosa — a primeira dessa newsletter. Nunca iria imaginar que uma plataforma tão legal teria interesse em um espaço aqui e isso fez muita diferença na hora de pensar os temas e fechar cada edição disso.

Ah, pra fechar mesmo com chave de ouro, a NPN vai entrar 2024 de cara nova graças ao trabalho incrível do Thalles Fiala, que criou esse logotipo belíssimo para a newsletter e esse cabeçalho misturando duas coisas ótimas: arte medieval e internet dos anos 1990.

Agora vamos ao que interessa.


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